terça-feira, 27 de novembro de 2012

Caiu de verde.. e amarelo



Quanto tempo que não escrevia aqui, TCC chegando ao final e meu tempo e inspiração vão voltando aos poucos. Espero que dessa vez consiga levar adiante, aliás, será que ainda sei o pouco que sabia escrever? Isso eu não sei, mas se deixei a escrita de lado os esportes (principalmente o futebol) eu nunca abandonei. Então vamos ver o que da pra fazer hoje, percebi que parei escrevendo sobre um mata-mata de Champions League que não sei que fase exatamente (o estagiário que escreveu cometeu um erro grosseiro desse), mas dá um desconto afinal eu ainda começaria o meu 5º semestre na faculdade. Mas voltando ao que realmente interessa, parei de escrever no ápice, quando tinha muito assunto para discorrer no blog e algo parecido aconteceu essa semana,só que com alguém muito mais importante e que sabe muito mais de futebol, o senhor Mano Menezes ex-treinador da Seleção Brasileira de Futebol.

Isso mesmo, depois de perder a tão cobiçada medalha de ouro em um jogo patético contra os Mexicanos parecia certa a queda do treinador canarinho. Mas o presidente da CBF ilustríssimo José Maria Marin resolveu bancar a permanência do técnico Mano Menezes. Foi então que Oscar depois de boas apresentações nos jogos olímpicos se firmou como titular, e fez com que todos esquecessem Ganso, Marcelo depois de resolver seus problemas com o treinador jogava o fino da bola, Kaká voltava a jogar bem vestindo a amarelinha, e o Campeão da América Paulinho barrava o marcador, mas fraco tecnicamente Sandro, ajudando o Brasil a jogar um futebol mais vistoso.
Além de tudo isso os resultados começaram a vir, invicto desde julho o time vinha com um 2 a 0 sobre o Reino Unido, 3 a 0 na Suécia, 1x0 na África do Sul, 8 a 0 na China (sem Zizao), 2 a 1 na Argentina, 6 a 0 no Iraque, 4 a 0 no Japão, 1 a 1 com a Colômbia e o título do Super Clássico das Américas sobre os hermanos. E quando parece que o ano vai terminar bem e que a semente de um bom futebol pode estar sendo plantada, plim plim, eis que aparece de novo ele que havia bancado Mano após as Olimpíadas: O bipolar José Maria Marin.

Esse cara só pode ser do contra não é? Muitos jornalistas especulam e alguns até cravam que isso é jogo político sujo dos lamacentos bastidores da Confederação Brasileira de Futebol. Eu não duvido, mas como mero estudante do jornalismo e sem as fontes e informações que eles dispõem me contento em não avaliar tais interesses. Mas e agora? E o sonho da copa no Brasil? E o grito de ‘’é campeão!’’ do nosso mascote Fuleco na final no maracanã? É complicado, Mano Menezes não era o melhor treinador do mundo, longe disso, mas seu trabalho vinha em uma crescente e ele já tinha testado quase todos os jogadores, já tinha um grupo base e a confiança da equipe. Como não adianta chorar o leite derramado vou arriscar palpites sobre os possíveis herdeiros do cargo.

Felipão – Grande histórico e experiência, mas desde a copa de 2006 quando levou os portugas a um 4º lugar não faz um grande trabalho, tem o respaldo de já ter conquistado uma copa do mundo e ter fama de ‘’copeiro’’. Entre prós e contras não seria a minha escolha, se mantivesse o Palmeiras dignamente no Brasileirão talvez tivesse maior apoio e confiança do torcedor.

Tite – Campeão Brasileiro e da Taça Libertadores com o Timão é um dos treinadores em alta no país, Tite já pegou um time mais ou menos estruturado pelo próprio Mano e teve tempo pra aprimorar a equipe e moldar da sua maneira, tempo que ele não vai ter com a copa a um ano e meio. Nome forte, mas também não seria a minha escolha.


Muricy Ramalho – Vencedor, com 4 títulos Brasileiros e uma Libertadores da América no currículo o treinador do Santos é nome cotado já que foi a primeira escolha pra treinador da Seleção, por ter recusado o convite Mano Menezes foi chamado. Não vive boa fase e não conseguiu levar o Santos nem ao G8 do Brasileirão, também não seria minha escolha.

Pep Guardiola – Sei que não preciso nem falar, mas só pra contar esse cara ganhou só 3 Campeonatos Espanhóis, 2 Copas do Rei da Espanha, 2 Champions League e 2 Mundiais de Clubes e isso em um intervalo de 4 anos. Pep transformou o Barcelona em um monstro maior do que já era nos tempos grande de Ronaldinho Gaúcho, fez essa transição e colocou a equipe catalã para jogar com uma posse de bola monstruosa coisa que não acontecia no Barcelona de 2006 que já tinha os tais Xavi e Iniesta tidos como essência da filosofia do ‘’tiki-taka’’. Guardiola se inspira em lendas como Cruyff, Bielsa e equipes como o mitológico time da Holanda com o carrossel Holandês e a Seleção Brasileira de 82. É a esperança de o Brasil voltar a ser Brasil, botar a bola no chão e envolver o adversário, afinal não queremos só resultado, mas também um bom espetáculo.