quarta-feira, 1 de julho de 2015

A solução é alugar o Brasil






Dois vexames em menos de um ano. O futebol pentacampeão e de tantas glórias e tradição se vê em ruinas. O país vive uma crise em quase todas as suas vertentes, desde a Economia, passando pela política e nem aquele alento que fazia muitos ainda terem orgulhoso da nação da mais sinal de vida. É tempo de abrir os olhos e mudar, é tempo de ter humildade e reconstruir o nosso futebol.

O futebol brasileiro está podre na sua administração, depois de anos em que um time de craques resolvia e abafava questões extracampo, finalmente começamos a sentir os reflexos. A ditadura Havelange, passando por Ricardo Teixeira e desaguando nas mãos de Marín e Del Nero estão matando o futebol nacional. Os erros foram muitos, falta de investimento na base, pouca preocupação com a intervenção de empresários nas negociações com jovens talentos, clubes endividados após péssimas gestões, perda de identidade do futebol nacional, venda da seleção como um produto jogando mais no exterior do que em casa, jogadores como Ronaldinho, Adriano e Kaká que por questões físicas ou pessoais não tem nível para estar na seleção sendo aquela referencia e experiência no time como Pirlo, Xavi, Van Persie, Ibra e Gerrard fazem ou faziam até a última copa por suas seleções. Esses são alguns exemplos dos que no levou até aqui.

Não temos mais aquele time que podia não ser um primor taticamente, mas que com uma defesa bem armada e um setor de criação e ataque fora de série resolvia as nossas questões. O futebol mudou, evoluiu e talento apenas não resolve mais, a situação fica ainda mais complicada e evidente agora que só temos um craque. Devemos desistir da seleção e achar que essa ‘’safra’’ não presta? Acho que é cedo, não temos craques, mas temos bons jogadores, muitos com grande potencial de evolução. Coutinho, Lucas e Danilo são exemplos de jovens talentos que se firmaram em grandes equipes nessa última temporada.  

Devemos abrir mão de Dunga e seu limitado pensamento sobre futebol, o Brasil precisa se reinventar bebendo das águas do seu jogo envolvente e ofensivo, quando soubermos o que buscamos a base acompanha e o talento vem subindo valorizando jogadores e técnicos criativos ao invés dos jovens ‘’jogadores táticos’’ e volantes que são destaque nas categorias de base atualmente.
Infelizmente a solução que pra nossa seleção eu vou dar não é ‘’free’’ como diriam os titãs, porém, envolve ‘’dá lugar pros gringo entrar’’.
Dentro do mercado nacional poucos treinadores tem um pensamento de futebol que julgo condizente com a tradição da camisa canarinho. Tite, Muricy que são os mais cascudos para aguentar a pressão, não tem histórico de times ofensivos ou que joguem com bola no chão controlando o jogo. Na contramão estão Marcelo Oliveira, Cuca, Oswaldo de Oliveira que pensam um futebol agradável, mas que não tem ‘’costas largas’’ o suficiente para uma empreitada de reconstrução de uma seleção pentacampeã que pode sofrer muitos percalços.

A melhor solução então vem do exterior, Guardiola seria a melhor opção, um treinador que joga com bola no chão, propondo o jogo, envolvendo seus adversários e que já se disse admirador do futebol brasileiro por diversas vezes e que até aceitaria treinar nossa seleção. Não aproveitamos quando tivemos a oportunidade, o espanhol agora está no Bayern e não deve sair de lá tão cedo.

Vamos então à realidade, que é também uma ótima opção, temos no mercado um dos maiores treinadores do mundo a disposição Carlo Ancelotti. Treinou e foi campeão em muitos dos maiores clubes do mundo Juventus, Milan, PSG, Chelsea, Real Madrid com vários títulos Nacionais e 3 títulos de Champions League no currículo.
Apesar de Italiano e treinadores da bota terem fama de retranqueiros, Ancelotti se mostrou versátil armando times de acordo com o que tinha em mãos, o último foi o Real Madrid um time ofensivo que sabia tanto dominar o jogo quanto contra-atacar, e o mais interessante sem nenhum volante de ofício, nenhum primeiro volante. Carlo pretende tirar um período para cuidar da sua saúde, nada melhor do que treinar uma seleção, compromissos esporádicos e fazendo algo novo na sua carreira, ele já treinou vários jogadores brasileiros logo não deve ter muita dificuldade para criar uma equipe competitiva.
Será que a solução não é realmente ‘’alugar’’ o Brasil?




 4-3-3


Ancelotti já usou vários esquemas ao longo da carreira, um dos últimos com algumas variações foi o 4-3-3. Na seleção teríamos provavelmente o único jogador ‘’All around’’(podendo fazer quase todas as posições no meio de campo) disponível, Hernanes que terminou bem a temporada seria esse jogador fazendo uma saída de bola com qualidade e ajudando na organização e cadência do jogo, além de chegar bem ao ataque para bater de longa e média distancia fazendo papel parecido com o que Toni Kroos faz no Real Madrid. Mais a frente teríamos Oscar para ajudar na construção de jogadas e dar ritmo de jogo, Oscar foi um dos maiores responsáveis pelos desarmes da seleção brasileira na última copa o que mostra que é um meia que pode ajudar também na marcação. Ao lado de Oscar vem Ramires trazendo um pouco mais de marcação e velocidade para puxar contra ataques além do entrosamento com Oscar e Willian também jogador do Chelsea que cai pelo lado direito facilitando ainda mais as coisas.  Na outra ponta Neymar, e mais a frente Firmino que não tem cacoete de atacante, não sabe jogar de costas para o gol então seria algo a ser trabalhado ou Willian, Neymar e Firmino se movimentariam constantemente revezando essa entrada na área.







4-4-2

O ‘’Mister’’ como também é chamado o ex-treinador merengue variava sua formação de acordo com seu departamento médico, perdendo peças importantes como Modric e Bale por um tempo ele variou seu esquema para um 4-4-2.
No Brasil a formação é praticamente a mesma, porém dessa vez temos um Willian mais recuado fazendo a função de meia, na outra meia privilégio para a criação, Coutinho jogador que fez parte do Time ideal da Premier League ganharia a vaga de Oscar. Mais driblador, em melhor fase e menos marcador ‘’The Magician’’(como é chamado na Inglaterra) faria um setor interessante com Neymar e Marcelo por perto. Ao centro Hernanes e Ramires ficam mais recuados dando espaço para um avanço mais constante dos laterais fazendo Daniel Alves ganhar a vaga pelo seu grande talento no apoio.








4-3-3(Falso 9)


A formação talvez mais interessante quanto ao que temos disponível seria o 4-3-3 com ‘’falso 9’’. Tática utilizada pelo Barcelona quando o time não tinha um centro avante de ofício o esquema fez sucesso dando Liberdade de movimentação a Messi que antes jogava pela ponta direita, vivemos a escassez de atacantes no Brasil e com Neymar tendo liberdade seria interessante acompanhar.
Na Defesa Daniel Alves e Marcelo tem certa liberdade para o apoio já que o time tem um Luiz Gustavo mais fixo e um Hernanes auxiliando na defesa e na saída de bola, mais a frente temos Oscar próximo a Willian (dois jogadores do Chelsea) com Neymar pelo meio tendo liberdade total para se movimentar e chegar à área, já na ponta esquerda temos Coutinho também cercado de boas opções para criar jogadas. O Brasil ainda teria suplentes interessantes no banco como Lucas, Firmino e Douglas Costa.








3-4-3


Brasileiro é saudosista, e na semana em que se completa 13 anos do nosso penta campeonato continuamos com bons Laterais nas subidas ao ataque, temos zagueiros rápidos e de certa qualidade para sair jogando e mesmo não tendo tantos craques lá na frente a ideia ainda é válida.
Thiago Silva e David Luiz zagueiros rápidos pelos lados, Miranda mais alto e com menos mobilidade pelo centro, na frente um setor que pode tanto atacar bem quanto defender, Luiz Gustavo mais plantado também auxilia no jogo aéreo, Hernanes ajuda na marcação e saída de bola, Marcelo e Daniel ficam livres para atacar e fecham os lados quando o time perde a bola. Mais a frente um trio que não chega perto de Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo, mas que com movimentação e atacando em bloco com a ajuda dos Alas e de Hernanes podem fazer a equipe ser bem competitiva.




quarta-feira, 17 de junho de 2015

Para avançar o Brasil precisa se lembrar que é Brasil



O 7x1 ainda dói, o trauma é recente e a cada derrota ou má atuação a ferida é aberta. Imprensa, torcida, críticos voltam a falar e rodar imagens daquele fatídico dia em que a seleção sofreu sua pior derrota na história.

No entanto, em nenhum esporte faria mais sentido o ditado ‘’Bola pra frente’’. O Brasil é o maior vencedor da história das copas, é também o atual 5º colocado no ranking de seleções. Não estou tampando o sol com a peneira e nem acho que o futebol nacional e sua seleção estão no caminho certo, porém se não soubermos quem somos não saberemos onde queremos chegar.

O Brasil vive uma crise de identidade, não sabemos se somos uma grande seleção do futebol mundial ou se somos apenas um time pequeno que tomou de 7 em casa e depende dos lampejos de um único jogador. Será que estamos caminhando para o mesmo lugar dos nossos irmãos Lusos?
Acho que não, vamos à escalação?

Jefferson (Goleiro de um dos times mais tradicionais do Brasil e depois de Claudio Bravo provavelmente o melhor goleiro da competição)

Daniel Alves (Lateral direito do Barcelona, ganhou todos os títulos que disputou na temporada e foi eleito melhor lateral direito do campeonato espanhol).

Miranda (Zagueiro tricampeão brasileiro por um dos maiores times da América do Sul, zagueiro de uma das melhores defesas do mundo no atlético de Madrid).

Thiago Silva (Unanimidade quando se trata de qualidade técnica, tido por muitos como melhor zagueiro do mundo nos últimos anos).

Felipe Luis(Lateral Razoável de boa marcação, campeão espanhol ano passado com o Atlético de Madrid e provável top 10 na sua posição).

Fernandinho (Jogador que já foi Campeão inglês com o Manchester City, razoável na marcação, de passes seguros e bons chutes de média distância).

Elias (Ídolo de um dos maiores clubes do Brasil, hoje um dos destaques do campeonato brasileiro).

Philippe Coutinho (Eleito o melhor jogador do Liverpool na temporada, disputou com Hazard o prêmio de melhor jogador da Premier League esse ano).

Willian (Fundamental no esquema de Mourinho com dribles, velocidade no contra ataque e boa recomposição, um dos melhores meias da liga inglesa).

Neymar (esse dispensa comentários e elogios)

Roberto Firmino (Vem de grande temporada na Alemanha, ainda precisa mostrar mais, porém dá sinais de ser uma bela aposta).

Claro, todos esses elogios foram feitos de acordo com o que costumam apresentar em seus clubes, o que acontece na seleção? Onde estão os dribles mágicos e os chutes decisivos que fizeram Coutinho ser chamado de ‘’The Magician (O mágico)’’ na terra da rainha? Onde estão as aparições surpresa na área adversária que consagraram Elias? Onde estão os dribles rápidos e bem sucedidos no um contra um de Willian pelo lado do campo? Por que todos tocam de a bola de lado com medo de acelerar o jogo e errar até achar Neymar?

Na Argentina joga o melhor jogador do mundo, no entanto seus companheiros sabem quem são, Aguero, Di Maria, e até o menos badalado Pastore sabem que vestem uma das maiores camisas do futebol, tem personalidade e fazem Messi ser mais um craque ajudando o time. Não temos uma equipe estrelada como a Argentina, mas temos uma camisa e um time que podem sim lembrar-se do dever de ser protagonista onde e contra quem for.

Neymar parece o único confiante o bastante para jogar, confiante até demais. Prendendo a bola demasiadamente, forçando jogadas de efeito e reclamando demais, o camisa 10 está do outro lado da coisa. O Brasil não precisa desse extremo, se Neymar ceder apenas alguns centímetros do seu salto e da sua confiança para seus companheiros, aí sim farão justiça em ter seus nomes escritos acima do número na camisa canarinho.



Soy loco por ti América



A maior competição de seleções da América do Sul promete. Os Argentinos querem sair do jejum de vencer um grande título e amenizar o vice-campeonato mundial do ano passado. Messi depois de uma temporada espetacular quer mostrar que pode levar seu país ao sucesso e tirar de vez a desconfiança do seu povo. O Brasil por sua vez, tenta se erguer do traumático 7x1 sofrido no ano passado e conta com um Neymar em seu auge principalmente no quesito confiança depois de um grande semestre na Europa. Os colombianos buscam se consolidar novamente como força do continente, com uma talentosa geração que fez bonito na copa, o time de James Rodriguez conta com Falcão Garcia para tentar levar o caneco. O Chile dono da casa, com Vidal e Sanches em grande forma vem com tudo em busca do título inédito. Já o atual campeão e maior vencedor da competição o Uruguai vem desfalcado do seu maior jogador, Luís Suárez que fez grande temporada com Messi e Neymar está fora da competição, a camisa celeste vai ter que entortar o varal pra ser campeão, mas se tem uma equipe que não podemos duvidar é a dos Uruguaios.



Argentina

Os Hermanos são favoritos para a conquista da competição, com um setor de criação e ataque de dar inveja as maiores seleções do mundo, os argentinos tem em Messi seu principal nome, Aguero, Tevez, Pastore e Higuaín também fizeram boas temporadas por seus clubes, o único craque do setor que chega em baixa é Angel Di Maria que vem de uma temporada bastante irregular e terminou no banco de reservas de Old Trafford.
Se nosso problema é o ataque os argentinos sofrem com a falta de opções na defesa, principalmente no gol onde Romero está longe de ser um goleiro seguro. Com exceção de Otamendi que fez uma grande temporada pelo Valencia seus companheiros Zabaleta, Garay e Rojo são jogadores de qualidade mediana.



Brasil

Com a terceira era Dunga (a segunda como treinador) nossa seleção tenta se levantar da pancada sofrida no mundial do ano passado, depois de muitos debates e conversas na imprensa brasileira sobre mudanças viscerais no futebol brasileiro nada mudou, quando se pedia um treinador que desse novamente o tom de toque de bola e futebol arte que nos caracteriza Dunga volta. Até então fez o que pôde, convocou jogadores que já pediam passagem como Coutinho e Firmino, colocou uma formação um pouco mais leve e ofensiva para a surpresa de muitos e me incluo nisso. Porém ainda não conseguiu fazer o time convencer, com uma dependência grande de Neymar (60% dos gols da seleção saem dos pés do camisa 10 através de gols ou assistências) a seleção canarinho vive de lampejos do craque do Barcelona, o que é muito pouco para a camisa mais pesada e tradicional do mundo.




Chile

Os donos da casa não entram como favoritos apenas pelo mando, os chilenos realmente tem uma boa equipe, depois de fazer uma bela copa do mundo eles tem uma equipe forte no meio de campo liderado por Vidal e no ataque por Alexis Sanches. Os dois jogadores vem de grande temporada na Europa, Sanches artilheiro do Arsenal na temporada e Vidal campeão italiano, da copa da Itália e finalista da Champions League. O Chile conta ainda com o Palmeirense Valdívia no meio de campo e o colorado Aranguíz em sua equipe.
Em compensação a baixíssima estatura do time pesa contra na bola aérea.



Colômbia

Os colombianos estão animados com sua seleção, depois do grande 5º lugar na copa do mundo o time liderado por James entra no hall de favoritos ao título da Copa América. Reforçados com Falcão Garcia que não jogou o mundial, eles esperam repetir 2001 e levantar o caneco pela segunda vez. A Colômbia está no grupo do Brasil e deve ser concorrente direta na disputa por vaga na segunda fase.
Apesar de contar com Falcão os colombianos não tem Guarín para a competição, o meio campista está lesionado o pode deixar a saída de bola e criação de jogadas da equipe sobrecarregadas em James Rodriguez.




 Uruguai

A celeste vem enfraquecida, com um time de idade avançada e sem Luís Suárez seu principal jogador, os uruguaios vão depender bastante da sua defesa e de ligações diretas para Cavani resolver. Apesar da equipe enfraquecida o Uruguai é o atual campeão da competição, e vai ter que suar muito para defender seu título. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Os jogadores passam, mas os clubes continuam.


Nunca uma frase tão dita no meio futebolístico foi tão colocada à prova como nessa semana.
Steven George Gerrard fez seu último jogo em Anfield, estádio que foi sua casa pelos últimos 27 anos, nascido e criado na cidade de Liverpool ‘’Steve G’’ é uma lenda dentro e fora dos gramados, é jogador e torcedor que sempre vestiu apenas a camisa dos reds. No entanto com o diálogo complicado para renovação com a diretoria o capitão vai jogar na MLS comandando o Los Angeles Galaxy.


Outro que vem se despedindo é Rogério Ceni, um dos maiores jogadores do São Paulo Futebol Clube visivelmente emocionado se despediu da Libertadores na disputa de pênaltis contra o Cruzeiro na última quarta feira, Rogério se aposenta do futebol em agosto.


Por ironia do destino os dois se encontraram no mundial de 2005 justamente após terem vencido os títulos mais importantes de suas carreiras por seus clubes. Gerrard venceu a Champions League enquanto Rogério a tão cobiçada Libertadores da América, melhor para o goleiro brasileiro que com grande atuação ajudou o time paulista a se sagrar campeão mundial naquele ano.
As histórias de Gerrard e Ceni se confundem com a história de seus próprios clubes, jogadores de lealdade e dedicação cada dia mais rara aos seus clubes, Liverpool e São Paulo vão continuar sendo grandes potências, mas com certeza perderam valores imensuráveis dentro e fora de campo.
Obrigado Steven e Rogério.
Alguns dados dos craques
Steven Gerrard (34 anos)
695 jogos pelo Liverpool
180 gols
Rogério Ceni (42 anos)
1211 jogos
127 gols

Je suis PSG! fora futebol burocrático!



Jogos de futebol acontecem todos os dias, no entanto, alguns entram para a história. Foi o caso de Chelsea e PSG nesta quarta feira pelas oitavas de final da Uefa Champions League, no clássico do dinheiro russo contra o dinheiro árabe, melhor para Nasser Al-Khelaifi.
O empate de 1×1 no jogo de ida dava a vantagem de um empate sem gols aos ingleses, e parece que isso foi o que o Chelsea foi buscar, um time com jogadores como Hazard, Diego Costa, Fábregas, Oscar jogando em casa na estratégia ‘’Parking the bus’’ como é conhecida a retranca na Inglaterra,não é bonito de ver, parecia mais uma daquelas tardes em que Mourinho um dos treinadores que mais sabem jogar com resultado embaixo do braço sairia novamente vitorioso.
A situação já complicada do PSG piorou quando aos 30 minutos da primeira etapa o time francês teve Ibrahimovicexpulso de campo em um lance no mínimo polêmico, com um jogador a menos os parisienses foram à luta, aos 14 do segundo tempo após grande lance de Marco Verratti, Pastore serviu Cavani, o uruguaio driblou Courtois e mandou a bola na trave na melhor chance do jogo, com inteligência e dedicação o Paris era até melhor no jogo, um Chelsea apático que não criava e nem levava perigo ao gol de Sirigu parecia cada vez mais satisfeito com o resultado e aos 35 da segunda etapa em cobrança de escanteio abriu o placar, em bate-rebate na área francesa Cahill bateu forte para abrir o placar e dar um banho de água fria nos parisienses, parecia que os blues tinham colocado as duas mãos na vaga.
Foi então que aos 40 do segundo tempo, David Luiz, ele que jogou por tanto tempo pelo time londrino subiu mais que todo mundo e mandou uma pancada de cabeça, sem chances para o goleiro Belga do Chelsea, David que disse que não comemoraria se marcasse não se conteve, foi comemorar junto com a torcida francesa.
Com o 1×1, mesmo resultado do jogo de ida na França a partida foi para prorrogação, o favoritismo ainda era do Chelsea que teria mais 30 minutos com um jogador a mais contra um cansado PSG. A bola rola e logo aos 6 minutos Thiago Silva de maneira infantil coloca a mão na bola dentro da área parisiense, pênalti para o Chelsea, EdenHazard bate e converte, 2×1 para os donos da casa, agora vai, agora o PSG já era…
Grande engano, o time até sentiu um pouco o gol, mas logo assimilou que a situação ainda era a mesma, precisava de um gol para se classificar, e foi ai que o vilão virou herói. Parece que os azuis de paris ouviram a A Marselhesa no intervalo da prorrogação e voltaram com mais vontade ainda, David Luiz bateu falta perigosa dando o cartão de visitas, aos 7 minutos em cobrança de escanteio Thiago Silva subiu, testou forte no chão e Courtois fez milagre, mas no escanteio seguinte não deu pro goleirão, o zagueiro brasileiro subiu novamente e testou por cima, colocando no ângulo, sem chances, era a redenção 2×2 resultado que dava a sonhada classificação aos franceses que se seguraram bem até o final e fizeram história em um dia em que a bravura e a raça venceram um futebol fraco e burocrático.

A crise dos meias no futebol brasileiro




O Brasil sempre foi conhecido por ter um futebol vistoso, exuberante e técnico. No entanto, na última década ficamos carentes de uma das posições mais importantes de uma equipe, uma posição que sempre produzimos craques aos montes, a de meia armador, o lendário camisa 10, aquele que constrói as jogadas, que abre espaços para os atacantes, que dá cadência e ritmo ao time, aquele homem da bola parada.
Até 2007 estávamos bem servidos nessa função, dois meias brasileiros com bola de ouro e campeonato mundial no currículo – Ronaldinho e Kaká – e não vislumbrávamos talentos que pudessem chegar a tal nível, mas apenas aproveitamos o momento esperando que novos craques aparecessem. E eles não apareceram. Com uma política de categoria de base voltada a jogadores de bom porte físico para serem vendidos ao exterior cedo e aguentarem o tranco dos campeonatos europeus, investimos pouco nos que têm técnica e ficamos com os brucutus.
Jogadores sem espaço há tempos atrás, aqueles que ficavam como 22º jogador em convocações de seleção hoje estariam figurando como craques na seleção e brigando por titularidade com a camisa canarinho: Ricardinho, Marcelinho Carioca, Roger Flores, Alex, entre outros.
Mas talvez nem tudo esteja tão perdido. Nessa geração de volantes onde vemos nossos meias com potencial, mas com certa timidez e apatia como Oscar e Paulo Henrique Ganso, eis que na terra dos Beatles uma cria do Vasco da Gama começa a aparecer. Philippe Coutinho, camisa 10 do Liverpool parece brilhar cada dia mais com a camisa dos Reds. Com belos passes, dribles desconcertantes e pontaria calibrada, o brasileiro vem decidindo jogos importantes demonstrando que pode ser o meia que tanto queremos. ’’O Mágico’’, como é chamado pelos companheiros de clube, quase não vingou. Foi para a Inter de Milão, onde não teve espaço. Depois foi para o Espanyol, onde chamou a atenção do gigante inglês que hoje colhe os frutos dessa boa aposta.
Que ele continue crescendo e consiga ajudar Neymar a levar a maior seleção do mundo a dias melhores.